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22 de novembro de 2010

Campanha Laço Branco - envolvendo homens pelo fim da violencia contra as mulheres

A Campanha Brasileira do Laço Branco tem o bjetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Suas atividades são desenvolvidas em consonância com as ações dos movimentos organizados de mulheres e de outras representações sociais que buscam promover a eqüidade de gênero , através de ações em saúde, educação, trabalho, ação social, justiça, segurança pública e direitos humanos.


Como tudo começou?

No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando: “você são todas feministas!?”, esse homem começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

Lançaram, assim, a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher. Durante o primeiro ano da Campanha, foram distribuídos cerca de 100.000 laços entre os homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência. O dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), órgão das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a morte daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fosse esquecida.

Trabalhando junto a diversos órgãos das Nações Unidas, particularmente o UNIFEM, e em parceria com organizações de mulheres, esta Campanha também foi implementada em diferentes países, ao longo das duas últimas décadas: na Ásia (Índia, Japão e Vietnã), Europa (Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal), África (Namíbia, Quênia, África do Sul e Marrocos), Oriente Médio (Israel), Austrália e Estados Unidos.

No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com objetivo de ampliar cada vez mais nossa rede, em 2001 realizamos o lançamento oficial da Campanha, promovendo diferentes atividades, entre elas: distribuição de laços brancos, camisetas e folhetos informativos, realização de eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para jornais e revistas, coleta de assinaturas e termos de adesão à campanha etc. Essas atividades foram desenvolvidas em parceria com diferentes instituições, particularmente organizações do Movimento de Mulheres.

Homens se mobilizando

Um grupo de homens do Canadá se organizou para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulheres, mas também há aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

Lançaram, assim, a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher.

Durante o primeiro ano da campanha foram distribuídos cerca de 100.000 laços entre os homens canadenses, entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos direitos da mulheres pelo fim da violência. O dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a morte daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fosse esquecida.

Trabalhando junto a diversos órgãos das Nações Unidas, particularmente o Unifem, e em parceria com organizações de mulheres, essa campanha foi implementada ao longo das duas últimas décadas nos cinco continentes, em diversos Países, entre os quais Japão, Alemanha, África do Sul, Israel, Austrália e Estados Unidos.

A Campanha do Laço Branco no Brasil

Um dos principais objetivos do Instituto PAPAI e das demais organizações que compõem a Rede de Homens pela Equidade de Gênero é trabalhar a idéia de que os homens não são “naturalmente violentos”, que a violência é aprendida e que os homens podem adotar posturas diferentes com suas parceiras.

Por isso, desde 1999 a Campanha do Laço Branco no Brasil, promove em parceria com organizações o Movimento de Mulheres, diferentes atividades, entre elas: distribuição de laços brancos, distribuição de camisetas e folhetos informativos, realização de eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para jornais e revistas, coleta de assinaturas e termos de adesão à Campanha etc.

Homens e a Lei Maria da Penha

As ações que envolvem informação e educação são as melhores estratégias de envolver os homens e diminuir os números de violência contra as mulheres. A lei Maria da Penha é uma grande conquista. Nos últimos dois anos, procuramos demonstrar para outros homens que a lei não é contra os homens, ela é contra a violência contra a mulher. A lei é aliada dos homens na conquista de uma sociedade sem violência.

Perspectivas da Campanha 2010

Os lemas “Jamais cometer um ato de violência contra uma mulher” e de “não se calar quando presenciar um ato de violência” acompanham sempre a Campanha do Laço Branco.

Ao desenvolvermos a Campanha do Laço Branco, defendemos a idéia de que não conseguiremos transformações efetivas se encaramos os homens apenas no lugar de autores de violência. O nosso esforço é para envolvermos os homens na construção de outras formas conciliadora. Essas ações se articulam em oposição à vivente de que os homens possuem uma natureza mais violenta que a das mulheres e que as violências de gênero são temas importantes apenas para as vítimas.

Fonte: Revista Mátria - A emancipação da mulher, de 08 de março de 2010.
Artigo de Ricardo Castro e Benedito Medrado.

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