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27 de abril de 2011

Frustrada, categoria faz assembleia amanhã

Negociações com a Prefeitura foram encerradas ontem sem avanços na proposta oficial

Os guardas municipais de Curitiba fazem amanhã, às 19 horas, uma assembleia para decidir o futuro da categoria na Capital. Ontem, foram encerradas as negociações com a Prefeitura, que não avançou nas contrapropostas à categoria. Os guardas exigem a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) prometido no ano passado, antes das eleições, e do piso de R$ 1.300 imediatamente. Atualmente a Guarda de Curitiba tem um dos menores pisos entre as guardas municipais da Região Metropolitana.
As negociações, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), que representa os guardas, foram dadas por encerradas pela Prefeitura depois de mais uma reunião na manhã de ontem. Ainda, caso a categoria não aprove a proposta oferecida pela administração pública, ficaria também em risco a montagem da comissão paritária para elaboração dos critérios de crescimento na carreira. A assembleia de amanhã, que acontece no salão paroquial da Igreja Bom Jesus, na Praça Rui Barbosa, avaliará as negociações e os guardas poderão votar se aprovam ou não as condições expostas pela prefeitura.


No ano passado os guarda municipais da Capital realizaram a mais longa greve da categoria. Foram sete dias parados. Eles só retornaram ao trabalho depois da promessa da administração que o PCCV seria implantado até o final daquele ano. 2010 acabou sem que o projeto avançasse e, agora, emperrou novamente.
Denúncia — A assessoria jurídica do Sismuc ingressou ontem, com uma ação judicial contra a tentativa de se criar de um sindicato de guardas da prefeitura de Curitiba. A ação é uma resposta a uma reunião realizada no último dia 20, quando alguns guardas — sendo a quase totalidade de inspetores e funções gratificadas, conforme o Sismuc — teriam aprovado a criação de uma nova entidade.

A ação pontua que o Sismuc é o legítimo representante dos guardas, tendo em vista as atividades desenvolvidas até então. Entre elas as negociações do PCCV, a organização de assembleias, protestos e greve, além de ações jurídicas em favor destes trabalhadores. Outra questão apresentada são os números de sindicalização. Dos 1.600 guardas municipais, 861 são filiados ao Sismuc, o que representa mais de 50% da categoria, índice que supera em muito a média brasileira. Em matéria produzida ontem, o Sismuc classifica a tentativa de criar um novo sindicato como golpe ontra organização dos guardas.
O advogado do Sismuc, Ludimar Rafanhim, sustenta ainda que não há motivos para se criar um novo sindicato, tendo em vista a legislação sindical brasileira. Isto porque os guardas se enquadram na categoria de servidores municipais. Também não há desmembramento de base territorial, o que poderia ser um critério utilizado para quebra da unicidade sindical. “O Sismuc congrega os trabalhadores de uma única e indissociável categoria profissional: servidores públicos municipais de Curitiba”, diz.

Fonte: www.bemparana.com.br

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