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20 de abril de 2011

SECRETARIA EXTINGUE GOT E CAUSA POLÊMICA NA GUARDA

Pouco mais de quatro meses após a criação do GOT (Grupo de Operações Táticas) da Guarda Municipal de Sumaré, a Secretaria de Segurança Pública o desarticulou, o que provocou divergências. O grupo era formado por servidores mais antigos, que se sentiram prejudicados e desprestigiados por voltarem às funções comuns que exerciam. Toda a estrutura operacional foi criada bem como a utilização de novos uniformes, brasão e outros detalhes do grupo. Oficialmente, a justificativa dada aos servidores é que havia falta de efetivo.

O GOT surgiu em novembro do ano passado, com uma viatura específica e quatro guardas municipais. O objetivo era fazer patrulhamentos ostensivos em áreas com histórico de roubos e furtos do município, concentrando o trabalho nestes locais mais críticos. Segundo o LIBERAL apurou, divergências internas com relação aos trabalhos a serem realizados e o pedido de aumento no efetivo do GOT, valorizando a escolha de profissionais com mais tempo de casa, resultaram no cancelamento das atividades.

No mês passado, os profissionais foram surpreendidos com a abertura de uma seleção interna para a formação do novo grupo, aberta para todos os servidores. "Não concordamos com esta atitude porque é um desrespeito e por isso articulamos para que houvesse poucas inscrições", disse um guarda municipal. Ontem, a reportagem publicou uma circular interna informando que o processo seletivo foi cancelado devido ao pequeno número de inscrições, falta de uniforme específico e dificuldades na utilização da viatura do GOT, que vai ser substituída.

A reportagem apurou que a Prefeitura articula a volta do grupo com outro nome e os servidores esperam discutir com a secretaria como ele será formado. A Administração Municipal não respondeu os questionamentos feitos sobre o GOT.

RONDA NOTURNA
Em nota, a Prefeitura contestou as informações divulgadas ontem que as viaturas não patrulham no período noturno as regiões do Jardim Picerno e Maria Antonia. A administração informou que em dois dias, na região do Picerno, foram percorridos 177 quilômetros em patrulhamento e criticou a publicação das estratégias e pontos onde as viaturas ficam paradas, além de não informar os dados sobre a criminalidade.

A reportagem teve como base os levantamentos da Polícia Civil e informações de diversos servidores, que novamente confirmaram não haver ronda noturna e que as viaturas ficam a maior parte do tempo paradas, para economizar combustível. Eles também afirmam que as quilometragens passadas não descontam o percurso da sede da guarda até os bairros, que geralmente passa de 40 quilômetros contando ida e volta. O fato de eles passarem os documentos à reportagem, segundo as fontes, é uma forma de protestar contra a ingerência e as ações que dificultam o trabalho dos servidores da Guarda Municipal.

Foto: Clodoaldo do Santos

Por Anderson Botan

Fonte: www.oliberalnet.com.br

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