A polícia investiga se a morte de um preso em São Domingos, a 245 km de Salvador, foi causada por conta de tortura e maus tratos, segundo informou nesta quarta-feira (6) a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O pedreiro Sidnei de Santana Rocha, 27 anos, morreu depois de passar mal dentro da cadeia da cidade e ser transferido para o Hospital Regional de Feira de Santana nesta terça-feira (5). Por determinação do Departamento de Polícia do Interior (Derpin), o delegado Fábio Santos da Silva, da 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), irá comandar as investigações.
Sidnei foi preso nas primeiras horas da madrugada da terça depois de brigar com um guarda municipal. Segundo a polícia, o rapaz estava exaltado e teria batido a cabeça na parede várias vezes, nervoso. Ele acabou passando mal enquanto estava preso, por motivos ainda não esclarecidos, e morreu ao chegar no hospital - segundo o "Acorda Cidade", ele estava bastante ensanguentado. Segundo denúncias, o preso teria sido torturado e espancado.
Embora o laudo pericial ainda não esteja pronto, o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) aponta que Sidnei morreu por traumatismo renal, fratura de múltiplas costelas, traumatismo torácico abdominal e politraumatismo.
“O laudo pericial que determinará a causa da morte ainda não está pronto. Porém não existem indícios de que o preso tenha sido torturado”, diz o coordenador Fábio, que já ouviu dois funcionários municipais que trabalham na carceragem e o investigador Marcelo da Silva Souza, responsável pela prisão. Os depoimentos e o laudo serão encaminhados ao Depin, que irá decidir se instaura um processo administrativo.
O guarda municipal prestou queixa contra Sidnei, que teria jogador uma pedra em seu carro. A população protestou contra a ação. Segundo vizinhos e familiares, Sidnei foi espancado desde que foi preso em sua casa e já saiu da delegacia morto. O carro do guarda, no qual Sidnei teria jogado uma pedra, foi queimado pela população revoltada.
O policial Marcelo Souza está temporariamente afastado de suas funções, enquanto corre a investigação. O corpo de Sidnei foi enterrado nesta tarde.
Fonte: Redação CORREIO
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