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15 de outubro de 2011

Agentes protestam contra 14 mortes de guardas municipais em Alagoas

Por um pedido de paz após a morte do 14° guarda municipal em dois anos e meio, um grupo de servidores realizou uma caminhada pelo centro de Maceió. Na manhã desta segunda-feira (10), os trabalhadores começaram a mobilização a partir da Praça Deodoro e prosseguiram por todo o calçadão do comércio.De acordo com o presidente do sindicato da categoria em Maceió, Cleif Ricardo, a caminhada também aconteceu em lembrança ao Dia Nacional dos Guardas Municipais. “Aproveitamos a data para alertar sobre esse número de assassinatos. Foram 14 em dois anos e meio”, declarou. De acordo com o sindicalista, nove mortes foram registradas só na capital. Os dados foram levantados pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)em Alagoas."Não dá mais para ficar calado porque a categoria está assustada. Hoje é o Diado Guarda e poderíamos estar confraternizando, mas resolvemos ficar na praça protestando". A principal reivindicação da categoria é a regulamentação do porte de arma. "Embora já haja uma lei que regulamente o porte, e grande parte dos guardas tenha passado pelo curso de formação para trabalhar armado, ainda estamos na dependência de um acerto burocrático entre a Prefeitura e a Superintendência da Polícia Federal. Como não saiu o acordo, não podemos trabalhar armados. Nós percebemos uma indisposição de ambos os lados em assinar o acordo". Ainda segundo os registros da categoria, só neste ano foram registrados três assassinatos em Maceió e outros dois no interior de Alagoas. O último crime vitimou o guarda José Francisco de Paula, na madrugada do último dia 5, morto a facadas nas imediações da Central de Polícia. Diante da suspeita de que este último crime tenha sido motivado por homofobia, os servidores decidiram convidar à caminhada o Grupo Gay de Alagoas (GGAL), que também tem alertado para o alto número de mortes contra homossexuais no Estado. Ainda segundo Cleif Ricardo, dos 12 assassinatos, apenas um chegou a ser elucidado: o assassinato de Israel Bispo, ocorrido no fim de 2008, onde o acusado já está preso.Familiares e amigos de José Francisco também participaram da mobilização. Um dos parentes, o guarda municipal José Paulo dos Santos, relatou que toda a família quer celeridade na punição dos culpados. "Nossa polícia é inerte e essa regulamentação do porte deve aumentar a segurança dos próprios guardas e também da comunidade".

Fonte: Gazetaweb

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