Murilo Gatti
A Prefeitura de Maringá fechou contrato para a compra de 200 pistolas taser, mais conhecidas no Brasil como armas de choque não letais. O investimento nos equipamentos é de R$ 700 mil. Deste total, R$ 497 mil foram liberados pelo Ministério da Justiça, que aprovou projeto encaminhado pelo município para armar a Guarda Municipal.
O contrato de aquisição foi assinado na última sexta-feira com a empresa Seguritec Desenvolvimento e Tecnologia em Segurança Ltda., que tem a exclusividade para a comercialização no Paraná dos produtos fabricados pela empresa americana AA & Saba Consultants Inc.
A expectativa do diretor de Defesa Social, Paulo Mantovani, é de que os equipamentos cheguem a Maringá em janeiro de 2012, quando os primeiros guardas vão passar por treinamento para portar a arma. "Quem for usar tem que fazer o curso de 15 horas. A prioridade é para os 50 guardas operacionais, que trabalham com as rondas", explica.
Mantovani afirma que, num segundo momento, os equipamentos vão ser repassados para os guardas que fazem a vigilância patrimonial. "Temos guardas na portaria da prefeitura, no aeroporto e em outros pontos estratégicos, onde vai ser muito interessante, visualmente falando, ter este equipamento", diz.
A orientação para os guardas municipais vai ser usar a arma de choque em situações extremamente necessárias. "Isto vem ajudar muito, porque na hora de fazer o encaminhamento ou para cumprir uma ordem de detenção, vai ficar mais fácil. Mas a orientação é para usar o equipamento apenas em último caso."
Um aspecto interessante da pistola taser é que os dados de uso são registrados. As informações podem garantir a punição de agentes mal intencionados e também protegem o guarda municipal de eventuais acusações indevidas por parte do infrator.
Discussão
Discussão
A compra de armas de choque para a Guarda Municipal de Maringá é discutida desde 2009, quando a empresa que detém a exclusividade na comercialização fez uma apresentação para as guardas municipais da região. Desde então, a prefeitura busca os recursos no Ministério da Justiça para a aquisição.
A autorização para armar a Guarda Municipal com as pistolas de choque foi aprovada em fevereiro deste ano pelos vereadores. Em 2010, o mesmo projeto, considerado polêmico, havia sido retirado da pauta de votações por duas vezes. Desde a criação da guarda, em 2007, os equipamentos de uso pessoal utilizados são coletes à prova de balas, algemas e tonfas, que são cassetetes com um cabo lateral.
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