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7 de julho de 2012

No Rio, Dilma enfrenta segundo dia de protestos de estudantes

Alunos de federais em greve querem 10% do PIB para educação. Nesta quinta-feira, estudantes protestaram em São Bernardo.
No Rio, Dilma enfrenta segundo dia de protestos de estudantes
Foto: g1.globo.com
Estudantes de universidades federais do Rio de Janeiro fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (6) durante evento da entrega de apartamentos do "Minha Casa, Minha Vida", que teve a presença da presidente Dilma Rousseff. Na quinta, Dilma também enfrentou protestos de estudantes em greve da Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo.


Alunos da UFF, Unirio, UFRJ, IFRJ e Uezo tentaram chamar a atenção da presidente para que ela aprove a proposta aprovada na Câmara que destina 10% do PIB para a educação. O governo, no entanto, propõe 8%.


“Queremos que quando for a vez dela aprovar os 10%, que ela faça isso. Não podíamos nos furtar do papel de pressionar a presidente a respeito do assunto. Esses 10% são fundamentais para todos os investimentos na área da educação. É só por isso que lutamos”, afirmou a estudante Beatriz Lopes, de 23 anos, aluna do curso de história da UFF.


O protesto teve início durante o discurso da presidente Dilma.

Com cartazes, os jovens gritavam: “10% do PIB para a educação, aprovamos na Câmara e não abrimos mão”. Os estudantes criticaram a postura dos seguranças do evento. Eles dizem ter sido agredidos. “Isso é um absurdo. Lutamos por uma coisa que é nosso direito. Um amigo meu estava recebendo uma gravata de um segurança e eu peguei o celular para gravar. O segurança simplesmente jogou o aparelho no chão e ainda pisou”, disse Gabrielle DAlmeida, de 22 anos, aluna do curso de nutrição da Unirio.


Também nesta sexta, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que o governo confia na “maturidade” dos servidores que reivindicam reajustes salariais.


Carvalho afirmou que o governo tem muita preocupação com a economia e que é preciso ter “responsabilidade”.


Além da presidente, também estiveram presentes na cerimônia de entrega de habitações populares os ministros Marcelo Crivella, da Pesca e Agricultura, Alexandre Padilha, da Saúde, Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, secretários municipais de Habitação, Educação, Conservação, Obras e Saúde, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda.


"Essa construção serve como exemplo. Vimos coisas de qualidade aqui", disse o ministro Aguinaldo Ribeiro. De acordo com o governador do estado, foram gastos R$ 70 milhões para recuperar a área. "A prefeitura acreditou nisso e remediou o dano ambiental", disse Cabral.


As autoridades participaram da entrega das chaves de 281 unidades habitacionais do bairro Carioca, construído pelo programa Minha Casa, Minha Vida. As habitações são destinadas ao reassentamento de famílias de áreas de risco e de vítimas das chuvas de 2010. No total, o Carioca terá 2.240 moradias distribuídas em 112 prédios, numa área total de 125 mil metros quadrados.


Segundo protesto


Logo depois da cerimônia de entrega das casas populares, a presidente Dilma Rousseff foi para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde passou pelo segundo protesto do dia. Na chegada ao hospital, um grupo de 50 trabalhadores, dos setores da saúde e do ensino superior federal, cercaram a comitiva da presidente.


Reunidos desde cedo em frente à porta do hospital, eles protestaram por melhores condições salariais e de trabalho e pela aprovação dos planos de carreira. Com gritos como “Ô Dilma, a culpa é sua, a nossa greve está na rua” e “Saúde e educação querem negociação”, os manifestantes exigiram ser recebidos pela presidente, que entrou no hospital sem abrir a janela do carro.

G1

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