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7 de maio de 2013

Perseguição, caçada e morte de traficante, com helicóptero no Rio de Janeiro.




Vazamento de imagens da caçada a Matemático, no Rio, revela disputa por cargos.

Está sendo publicado em diversos blogs e sites focados em notícias sobre polícia e segurança pública um texto que garante que o vazamento de imagens da caçada ao traficante Matemático, no Rio de Janeiro, exaustivamente mostradas em emissoras de televisão, tem por trás uma grande disputa por cargos. 

Leia detalhes publicados nestes sites e blogs a seguir: 

As imagens da operação que resultou na morte do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático ou Batgol, 36 anos – que até ontem eram definidas como sigilosas pela cúpula da Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro – trazem à tona a disputa pelo cargo de coordenador do Serviço Aeropolicial (Saer) da PCERJ. A divulgação ocorre um ano depois da ação e nove dias após o piloto Adonis Lopes de Oliveira, 49, entregar seu pedido de exoneração do cargo. 

Nos bastidores da unidade especializada – considerada elite da instituição e referência nacional – comenta-se que o responsável pelo vazamento do vídeo foi o piloto Ronaldo Ney Barboza Mendes, 60 – denunciado pelo Ministério Público por fraude ao receber cerca de R$ 130 mil de interessados em um curso de aviação e sumir com o dinheiro sem ministrar as aulas. 

O acusado já havia sido afastado do serviço por Adonis, que posteriormente se recusou a cumprir ordem superior para escalar o denunciado. Após essa recusa, Adonis acabou surpreendido com a designação de um delegado da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), que, mesmo tendo apenas cinco anos na instituição – enquanto Adonis tem 27 -, passou a ser responsável pelo Saer. Muitos dizem que o ato foi interpretado como uma “intervenção velada” e aumentou o descontentamento do então coordenador do Saer, lotado na unidade desde 1988. 

“Lá, decisões erradas implicam em acidentes. Todos concordamos que lugar de delegado é na delegacia, presidindo inquéritos”, desabafou um agente que pediu para não ser identificado. 

Cinco dias após a saída de Adonis – que entregou o pedido de exoneração e entrou de férias, no último dia 26 de abril – um dos helicópteros da PCERJ sofreu um acidente durante treinamento de rotina no Caju, na Zona Portuária do Rio, deixando cinco policiais feridos – um deles em estado grave. Tripulante operacional, Cláudio Cobo Fernandes continua internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. 

“Causa estranheza que agora determinem que a Corregedoria investigue uma ação da qual todos tiveram conhecimento. Essas imagens foram vistas pela chefia, assim como todos os vídeos de todas as operações importantes são vistos pela cúpula logo após as ações”, garantiu o agente. 

“Não houve qualquer morador ferido, nenhuma vítima de bala perdida, o objetivo foi alcançado. Colegas que foram tratados como heróis agora estão sendo alvo de covardia. Todos estão com medo de trabalhar e muitos de nós pensa em sair do Saer”, desabafou. 

Naquele dia 12 de maio de 2012, data da ação que terminou com a morte de Matemático, moradores chegaram a aplaudir o momento em que o corpo do traficante foi removido do carro para o rabecão. 

“Isso que está acontecendo é uma demonstração clara de que invejosos incompetentes querem criar um inferno na vida de quem trabalha sério. Com certeza é uma retaliação interna nascida na vaidade dos incompetentes”, disse um policial que já foi resgatado por uma equipe do Saer coordenada por Adonis ao ficar encurralado durante incursão em favela.

Publicado em http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=80362

Canal Azul Marinho

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