O protesto marcado por apitaço e palavras de ordem, pedindo a saída do atual secretário, é por conta da dispensa de nove agentes que foram devolvidos a Guarda Municipal.
Na tarde desta terça-feira, 1º, mais de 50 guardas municipais realizam uma manifestação em frente à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). O protesto marcado por cartazes, apitaço e palavras de ordem pedindo a saída do atual secretário Antônio Samarone, acontece por conta da saída de nove agentes de trânsito que foram devolvidos para a Guarda Municipal.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais (Sigma), Ney Lúcio, a devolução dos agentes foi a gota d´água para a categoria, que reclama de perseguição e valorização salarial. “Hoje acordamos com essa péssima notícia de que nove guardas que atuavam como agentes da SMTT foram devolvidos. Uma atitude repressora e perseguidora que não vamos aceitar”, afirma o presidente do Sigma, ressaltando, ainda, que a devolução dos profissionais vai acarretar em prejuízos.
“Além do prejuízo salarial, existe o prejuízo da escala de trabalho e dos cursos que muitos desses guardas bancaram do próprio bolso. Esses guardas que foram devolvidos são profissionais que nunca responderam a nenhum processo administrativo, e estão sendo perseguidos porque contribuem com o sindicato”, afirma Ney, que não descarta a possibilidade de uma greve.
Com a devolução dos guardas, outros agentes que permanecem lotados na SMTT resolveram realizar um abaixo-assinado pedindo a devolução para o local de origem.
O sindicalista diz ainda que nesta quarta-feira, 2, uma comissão de guardas comparecerá a Câmara de Vereadores para debater sobre o assunto.
De acordo com a assessoria de comunicação da SMTT, a devolução dos agentes se trata apenas de um ato administrativo que pode ser tomada pelo gestor. A assessoria informou que está tentando um contato com Antônio Samarone, mas não obteve sucesso porque o gestor está em reunião.
O diretor de trânsito da SMTT, que também foi alvo da manifestação, Major Paulo Paiva, explicou que os guardas ficaram insatisfeitos com a medida do desarmamento. “A medida de desarmar os agentes de trânsito e convidar a sociedade para um pacto de cooperação desagradou um grupo que acha que estão expostos. Entendemos que o guarda tem o porte de arma, mas que na função de agente de trânsito não precisa está armados. Queremos que a sociedade saiba que gentileza gera gentileza. Obviamente quem não demonstra ter esse perfil voltará a atuar na Guarda Municipal”, esclarece Paiva.
Por Kátia Susanna
Fonte: infonet.com.br
Foto:Portal Infonet
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