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29 de julho de 2011

VAMOS PENSAR NO FUTURO DA NOSSA CIDADE?

Os reais motivos para residir numa cidade são: habitar, trabalhar, estudar, circular, recrear. É para essas coisas que uma cidade existe. Sem isso, não há razão de ser. Tenho saudade da minha cidade quando criança. A cidade era diferente! Tínhamos o prazer imensurável do banho de rio, do pulo da ponte, da crôa, da roça de Juca Bombo quando invadíamos para roubar frutos, e da roça de Dr. Alaôr para tomar banho, da Companhia de Navegação, do apito do Barão, da Ilha de N. Senhora, de matar rebaçãs, de ir catar umbus na serra da Batateira, dos shows radiofônicos de “ seu Galo e Edmundo Rasteli, de Gilbráz da Marabá Publicidade, do discofilando de Ronaldo Lopes, dos programas de calouros com Lima Del Mar no coreto,das serestas ao ar livre, dos blocos e escolas de samba no saudoso carnaval,da 28 de Setembro e Apolo Juazeirense, dos jogos de futebol no Adauto Moraes, do Olaria e Veneza, Penitentes ( tinha medo),da antiga orla com suas antigas estruturas, do Colégio Ruy Barbosa, do cine São Francisco, das figurinhas e trocas de gibis, dos programas” pagão” ( ganhei dinheiro e conhecimentos) e nós para onde vamosda rádio Juazeiro, das dormidas nas calçadas até tarde da noite, dos parques e circos que invadiam Juazeiro trazendo uma gama de palhaços e trapezistas, tudo era lindo e maravilhoso, não preocupávamos com nada, nem com o futuro. Esta era nossa Juazeiro, mas, a de nossos tempos atuais?Vamos aos fatos: Parece que a população e as autoridades ainda não acordaram para o que realmente está acontecendo. Já há um bom tempo as janelas e portas das nossas casas e prédios estão sendo gradeadas, cercadas por muros cada dia mais altos ( os mais ricos, para complementar a segurança, colocam cercas elétricas e enormes cães raivosos). Só dói quando eu penso na minha cidade de tempos atrás, talvez 40 anos, quando brincávamos nas ruas sem medo, até altas horas! Uma vez, namorei com uma garota que morava na Rua de Baixo – e que depois mudou-se para o bairro Alto do Cruzeiro. Dois bairros um pouco distantes do centro. Perdi a conta das vezes que fui com ela até a sua casa, e voltava andando, tranquilamente, sem medo, para a casa dos meus pais, que ficava á época no Bairro Alagadiço. Isso ainda é possível nos dias de hoje? É pensável?

A população e as autoridades precisam acordar para o caos em que nos encontramos, caracterizado pela violência (nos últimos meses, todas as pessoas que foram assassinadas por aqui, disseram que estavam envolvidas com drogas!), injustiça, insegurança, desemprego, miséria, prostituição infantil, drogas e desigualdade social. A nossa cidade hoje colhe os frutos de políticas erradas e equivocadas, do passado, da omissão e da falta de vontade política de muitos que não buscaramprogramar junto às comunidades mais carentes programas educativos, esportivos e artísticos eficientes que dessem oportunidades aos nossos jovens de sonhar com uma cidade melhor, onde haja mais paz e harmonia social. Hoje o Governo Municipal busca parcerias com empresas privadas para gerarem emprego e renda para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. É aí que todos os cidadãos deviamparticipar da divisão justa do bolo social. Mas o pior é que a maioria é espectadora; muitos acomodam, poucos refletem sobre essa situação em que vivemos e tentam macular e execrar o governo Municipal que está lutando por uma causa justa: “Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto é estarrecedor o silêncio dos bondosos.” Às vezes eu tenho uma ligeira impressão de que a indignação nos dias de hoje não é vista como uma boa qualidade humana. Isso pode ser escapismo: muitos querem se passar por bons só para não se incomodar, não ter que se aborrecer. A moda hoje é: ser alienado disfarçado de bom. Vamos nos unir para o progresso de nossa cidade?

Enviado por: Valterlino Pimentel (pinguim)

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