Uma nova droga de efeito devastador se espalha como uma epidemia pela Rússia: o krokodil ou crocodilo em português. Trata-se de uma mistura feita com um derivado de ópio, a codeína, e uma série de químicos como gasolina, solvente de tinta, ácido clorídrico, iodo e fósforo vermelho. A combinação ganhou esse nome porque a região da pele em que o krokodil é injetado fica esverdeada e com uma textura escamosa. Com o tempo, as veias se rompem, os tecidos morrem e se soltam do corpo. O que se vê são viciados em farrapos de carne, apodrecendo vivos, corroídos pela acidez da droga.
A heroína é muito popular na Rússia. O governo estima que 2,5 milhões de pessoas usem a droga no país. Ela é produzida principalmente no Afeganistão e chega a preços que variam entre o equivalente a R$ 50 e R$ 150 o grama ao consumidor final. O krokodil, que tem efeito dez vezes mais potente que a heroína, custa entre R$ 5 e R$ 8 o grama e tornou-se a alternativa para quem não têm como sustentar a dependência química em heroína. A expectativa de vida para quem é usuário da nova droga é de 1 a 3 anos. Os que sobrevivem sofrem amputações e ficam dementes, com problemas motores, de raciocínio, de fala e de visão. Em entrevista à revista norte- americana “Time”, uma ex-usuária relatou mortes de amigos por pneumonia, envenenamento, meningite, explosões de artérias do coração ou putrefação até a morte.
“A codeína é um opiáceo, uma substância natural encontrada no ópio, ativo obtido da papoula. O iodo, em contato direto com a pele, causa lesões. O fósforo vermelho, se aquecido, se torna fósforo branco e é extremamente venenoso. Os solventes e a gasolina, usados no refino, são substâncias tóxicas que atacam fígado, rins e cérebro”, explica Nadia Tawil, toxicologista do Instituto Brasileiro de Estudo e Avaliação Toxicológica (Ibemax).
“Nos últimos 5 anos, as vendas de codeína em comprimidos cresceram dezenas de vezes”, declarou Viktor Ivanov, chefe do Controle de Drogas da Rússia ao jornal inglês “The Independent”.
No país, esses comprimidos são vendidos sem receita médica. No Brasil, segundo técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não existe codeína em forma pura, apenas em xaropes e em doses pequenas, o que torna impossível sua dissociação para usos escusos.
De qualquer maneira, são fármacos que exigem retenção de receita e controle de vendas. A codeína, assim como qualquer opiáceo, é altamente viciante.
“Estas drogas causam dependência com extrema facilidade. E quando o dependente, por qualquer motivo, para de tomar a droga, ocorre um violento e doloroso processo de abstinência, com náuses, vômitos, diarreia, cãibras musculares, cólicas intestinais, lacrimejamento e coriza, que pode durar entre 8 a 12 dias. Mas os opiáceos não são facilmente encontrados no Brasil”, diz o psiquiatra clínico José Carlos da Fonseca, da clínica de reabilitação Renascer.
Fonte: Folha Universal
Krokodil é uma droga caseira produzida a base de desomorphine(um opiáceo sintético),acído clorídrico,fósforo vermelho e outros elementos altamente tóxicos. Chega a ser quase dez vezes mais forte que a heroína e também é três vezes mais barata. Este tipo de tóxico é usado com o objetivo de aumentar a auto-estima e diminuir o desânimo. Os opióides em geral são usados para diminuir sensações como dor e ansiedade. Os usuários relatam uma sensação de intenso prazer, bem-estar e euforia após o uso. Assim como diminuição de sensações como dor, fome, e desejo sexual. Respiração, pressão arterial e freqüência cardíaca ficam aumentadas, fazendo com que o usuário se sinta aquecido, pesado e sonolento. A droga, faz a pele ficar em estado de necrose, ou seja, apodrecida expondo suas musculaturas, tecidos e ossos. O nome (krokodil) é uma homenagem aos répteis(no caso mais os jacares e crocodilos) pois seu consumo transforma a pele em algo parecido com escamas. Por ser uma droga nova, sabe se pouco sobre sua origem, ou onde é mais vendida, mas o estrago que a mesma pode fazer, ja foi comprovado pelos inumeros casos de amputações ocorridos após seu uso.
FONTE: JORNALLIVRE.COM
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