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20 de outubro de 2011

PROJETOS DO EXECUTIVO SÃO APROVADOS NA BASE DO ROLO COMPRESSOR SOB PROTESTOS DA OPOSIÇÃO E SINDICATOS

A última sessão ordinária da Câmara de Vereadores da semana, realizada na noite desta quarta-feira (19), foi quente. Em mais um desentendimento entre as bancadas da situação e da oposição sobraram ofensas, ameaças de suspensão, manifesto popular, acusações de subserviência ao Poder Executivo e como resultado final, a aprovação dos três projetos enviados pelo prefeito Isaac Carvalho na base do rolo compressor.
Os projetos que criavam a Zona Azul, alteravam o IPJ – Instituto de Previdência de Juazeiro e  estabeleciam o Regime de Concessão e Permissão da Prestação de Serviços Públicos (PPPs – Parceria Público Privada) foram aprovados por 7 votos a 4.
A oposição constituída por José Carlos Medeiros (PV), Alex Tanuri (PSDB), Leonardo Bandeira (PT) e Valdeci Alves (PV) alegou que votava contra porque o Executivo (proponente) se negou a debater amplamente os projetos com a Sociedade.
O oposicionista Ronaldo Campina (PTB), estranhamente se retirou no momento da votação.
Como relator da Comissão de Finanças e Orçamento, José Carlos Medeiros disse que vai recorrer a justiça para cancelar a votação da sessão desta quarta-feira por entender que “não teve os seus direitos preservados, enquanto relator, que não foi convocado para apreciar os projetos”. O presidente da Casa, Nilson Barbosa justificou que era uma prerrogativa do vereador e continuou a votação. “O Legislativo dá provas cabais de que está agachado, subserviente ao Executivo”, respondeu Medeiros.



“Isto aqui é uma palhaçada. Não há uma discussão aprofundada sobres os projetos que na verdade a sociedade anseia, mas não é ouvida, nem mesmo os sindicatos que representam os trabalhadores”, atacou Alex Tanuri.
Esta declaração provocou a ira dos vereadores governistas, sendo que Damião Medrado (PSD) e Mitonho Vargas (PT) solicitaram providências da Mesa Diretora em relação às ofensas da oposição. “Nós merecemos respeito, esta Casa deve seguir o Regimento Interno e punir os que faltam com decoro. Já existe um requerimento de nossa autoria quando fomos tachados de covardes, semana passada. Agora nos chamam de palhaços, invoco a Comissão de Ética para observar essa situação”, pediu Damião.


“Não é possível que em todas as votações a oposição queira tumultuar, ofender e a Mesa Diretora acaba por encerrar a sessão. Desta vez, a Câmara deve simplesmente seguir o regimento”, destacou Mitonho Vargas. “Nós temos a maioria absoluta e por isso não devemos ficar mendigando votos da oposição. Vamos cumprir nosso papel e só”, concluiu.
O presidente da Casa, Nilson Barbosa, ainda ameaçou esvaziar o plenário por conta dos protestos de Telma Marineide (que preside o Sintrab-Saúde), Ronivaldo Ferreira (membro do sindicato dos agentes comunitários de saúde e de endemias), Cícero José (da Associação da Guardas Municipal) e outros populares que alegavam descaso do Executivo e da bancada governista que ignoraram as entidades e os servidores municipais ao evitarem discutir os projetos.



Os projetos foram aprovados integralmente, do jeito que foram enviados pelo prefeito municipal.  

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