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7 de novembro de 2011

Polícia apreende fuzil em ação que culminou em morte de cinegrafista

Operação realizada na manhã deste domingo, na favela Antares, no Rio, prendeu oito criminosos. Segundo cabo do Bope, era ele quem o criminoso queria acertar com tiro que matou profissional da Band

Traficantes são presos durante operação policial do Bope com o Batalhão de Choque, na favela de Antares, no Rio de Janeiro
Traficantes são presos durante operação policial do Bope
 com o Batalhão de Choque, na favela de Antares, no Rio de Janeiro 
(Jadson Marques/AE)
Um fuzil AR 15, três pistolas, um quilo de maconha, 100 papelotes de cocaína e 522 pedras de crack foram algumas das apreensões feitas pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em operação realizada na Favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. O cinegrafista da Band Gelson Domingos da Silva, que acompanhava a ação, morreu baleado com um tiro de fuzil no confronto entre traficantes e policiais.
Além de armas e drogas, os policiais também encontraram cerca de 3.000 reais, nove motos e um celular.
Segundo informações da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o objetivo da ação era checar informações da área de Inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico, armados, se reuniam no local. O site oficial da corporação informa que oito criminosos foram presos, dentre eles o “gerente” do tráfico local, conhecido como BBC, e seu braço-direito China. No confronto com policiais militares, quatro bandidos foram mortos.
Cabo era o alvo O cabo Gomes, do Bope, que participou da ação, disse que ele era o alvo do tiro que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos. "O tiro que pegou o Gelson era para mim", disse, muito abalado. 

O tiroteio começou cedo, por volta das 6h, quando oito policiais, acompanhados de jornalistas, foram recebidos a tiros. Em determinado momento o grupo se separou. A maioria ficou protegida por um muro. O cabo Gomes atravessou a rua e foi seguido por Gelson, protegidos por uma árvore. Os traficantes dispararam dois tiros de fuzil. O primeiro acertou a árvore e o segundo, o cinegrafista.

Segundo testemunhas, o atendimento a Gelson demorou cerca de 20 minutos, já que o tiroteio continuou com intensidade mesmo depois de o cinegrafista ter sido socorrido. Além de Gelson, morreram outras quatro pessoas que, segundo a polícia, eram traficantes. A Polícia Civil quer analisar as filmagens de Gelson para ver se o grupo de quatro pessoas que ele filmara e que posteriormente fez os disparos é o mesmo que foi morto em seguida. 

Nota de pesar - O Grupo Bandeirantes publicou uma nota em seu site sobre a morte de Gelson Domingos sob o título "Band lamenta morte de cinegrafista no RJ - Repórter cinematográfico foi atingido por um tiro de fuzil na favela Antares, zona oeste da cidade".

A íntegra da nota é a seguinte: 

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

"O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante. 

"Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia. "O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."
 
Em nota, o Grupo Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista. Segundo a empresa, Gelson usava um modelo de colete à prova de balas permitido pelas Forças Armadas em situações como essa. O cinegrafista foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante, chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu. Confira abaixo o comunicado na íntegra: 

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

O funcionário estava de colete à prova de balas – modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante.

Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia. 

O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."
Governador se solidariza - Em nota enviada à direção da TV Bandeirantes na capital fluminense, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, manifestou "sentimentos de pesar" pela morte do cinegrafista da emissora, Gelson Domingos da Silva.

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