Translate

11 de fevereiro de 2012

Policiais grevistas são presos e PM garante que Rio está seguro


Por Reuters Brasil

RIO DE JANEIRO, 10 Fev (Reuters) - Líderes e outros envolvidos no movimento grevista de policiais e bombeiros no Rio de Janeiro foram presos nesta sexta-feira acusados de insubordinação e outros crimes, e as autoridades de segurança do Estado garantiram que, diante da adesão limitada à paralisação, não será necessário o reforço de tropas federais.
De acordo com o comando da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, a adesão à paralisação foi restrita e as corporações estão trabalhando normalmente.
Nove acusados de serem líderes da greve, que estavam entre os 11 homens que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça militar nesta sexta, foram presos e levados para o Complexo Penitenciário de Bangu, enquanto outros sete policiais foram detidos em flagrante por insubordinação, de acordo com a PM.
Outros 129 policiais foram detidos inicialmente e indiciados por participação na greve, mas foram liberados e substituídos em seus postos por efetivos do Bope e do Batalhão de Choque. Uma fonte da PM, que pediu para não ser identificada, disse que houve problemas pontuais nos batalhões de Botafogo e Leblon (na zona sul), Maré (zona norte) e nas cidades de Campos (norte fluminense) e Volta Redonda (sul do Estado).
O cabo dos Bombeiros Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento, está preso desde quarta-feira, após ter sido flagrado em uma escuta telefônica autorizada pela Justiça negociando com líderes da greve de policiais na Bahia a difusão do movimento para outros Estados.
O Corpo de Bombeiros informou que indiciou 123 guarda-vidas que faltaram ao trabalho por conta da greve e que pretende prendê-los administrativamente assim que eles voltarem à corporação. O comandante do grupamento marítimo da Barra da Tijuca, tenente-coronel Ronaldo Barros, foi exonerado da função por ligação com o movimento.
O Corpo de Bombeiros também instaurou um conselho de disciplina para investigar a conduta de 18 integrantes da corporação, sendo três oficiais, entre eles o cabo Daciolo.
"O procedimento definirá as punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva do Corpo de Bombeiros", disse a corporação em nota.
A greve por aumento de salário, declarada após assembleia com cerca de três mil representantes dos policiais, bombeiros e agentes penitenciários pouco antes da meia-noite de quinta-feira, diminuiu o policiamento em algumas vias da cidade nesta sexta, a uma semana do início do Carnaval.   Continuação...

Nenhum comentário:

Postar um comentário