Translate

30 de julho de 2012

Juiz diz que mulher de Cachoeira usou dossiê para ameaçá-lo

Andressa Mendonça afirmou que poderia impedir publicação na Veja, caso juiz soltasse contraventor; direção da revista diz que tomará providências contra acusações


Do iG São Paulo
O juiz federal Alderico Rocha Santos afirmou em relato à Justiça que a mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, Andressa Mendonça, o ameaçou com a publicação de um dossiê na revista Veja, caso ele não livrasse seu marido no processo referente à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF).
Diomício Gomes/O Popular/AEMulher de Cachoeira deixa sede da PF em Goiás após suspeita
de ameaça a juiz
 
De acordo com o magistrado, a mulher de Cachoeira teria ido ao seu gabinete no dia 26 de julho deste ano. Na conversa, ela teria afirmado que o jornalista Policarpo Júnior possuía um dossiê contendo informações desfavoráveis a ele. Mas ela poderia evitar a publicação, se Cachoeira fosse solto.
Segundo o juiz Mark Yshda Brandão, que decidiu que Andressa pagasse R$ 100 mil de fiança pelo crime de corrupção ativa, Santos apresentou um bilhete escrito pela própria mulher de Cachoeira, reforçando o encontro entre os dois.
Andressa teria afirmado que o suposto dossiê poderia prejudicar também o juiz Wilson Dias, que é compadre de Santos.
Além da fiança, Andressa está proibida de manter qualquer contato com Cachoeira, seja em visitas a penitenciária da Papuda, onde ele está detido, seja por escrito.
Ela também não poderá travar qualquer contato com Lenine Araújo de Souza, José Olímpio de Queiroga Neto, Raimundo Queiroga, Geovani Pereira, Idalberto (Dadá) Matias de Araújo, Gleyb Ferreira da Cruz e Wladimir Garcez - todos denunciados pelo mesmo processo.
Andressa não poderá mais ter acesso ao prédio da Justiça Federal de Goiás.
O juiz afirma que "a gravidade dos fatos noticiados, decorrente da ousadia e destemor demonstrados pela requerida" justifica as medidas tomadas.
Em nota,  a direção da Veja afirmou que está tomando providências junto ao departamento jurídico da revista para processar o "autor da calúnia que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista, com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário