Com cartazes escritos em língua estrangeira, eles querem alertar turistas para condições de trabalho
Por Íris Marini
Com cartaz em inglês, guardas municipais mandam mensagem para turistas: salário de fome |
O protesto dos guardas municipais conta com o reforço dos professores da rede municipal, que também fazem manifestação em frente à prefeitura por melhores salários. Os GMs reivindicam equiparação com o servidor do ensino médio (R$ 1.300). Atualmente, a categoria recebe R$ 705, segundo os manifestantes. Já os profissionais de educação protestam também contra a terceirização do serviço de portaria e de merendeiras e tentam negociar em prol da campanha salarial. A manifestação reuniu cerca de 350 pessoas. Após o ato na frente do prédio, os guardas seguiram em marcha para a Cinelândia. Já os professores permanecem no local enquanto aguardam serem recebidos.
Uma comissão de profissionais da Educação chegou a tentar entrar no prédio, mas foram impedidos por guardas municipais que trabalham no local. Eles fecharam as portas de grade do local enquanto os manifestantes gritavam: "Abre!".
"Como pode um trabalhador ao qual sua categoria é parceiro de luta aqui fora, fechar as portas da Secretaria de Educação para os educadores, que formam os seus filhos, na rede municipal?", questiona uma porta-voz do ato, no carro de son.
Secretaria Municipal de Educação nega diálogo com os educadores
A secretária Cláudia Costin não recebeu sequer o vereador Brizola Neto, que foi atendido por seus assessores, porque ela estaria em uma reunião. De acordo com Brizola, na conversa, os assessores mostraram que Costin "não está aberta a diálogos, nem pretende falar com a categoria".
Apesar disso, foi marcada uma reunião, na próxima quarta-feira (24), às 10h30, com diretores, professores e pais de alunos do CIEP Luiz Carlos Prestes, uma de várias escolas de horário integral, que foram prejudicadas com a redução de horas feita pela secretaria. Foi o que afirmou os ativistas, a respeito da situação das escolas de horário integral que tiveram o seu horário reduzido, trazendo dificuldades de rotina aos pais, aos alunos e aos funcionários.
Reivindicações vão além da campanha salarial
Outro ponto criticado pelos professores é a crescente violência em salas de aula. De acordo com integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), funcionários agredidos em escola acabaram desenvolvendo síndrome do estresse pós-traumático e não conseguiram voltar à atividade. Apesar disso, de acordo com os sindicalistas, não tiveram direito a benefícios por acidente do trabalho - como previsto no Art. 99 do Estatuto do Servidor - , o que garantiria a aposentadoria com salário integral.
Segundo o diretor da Sepe Central, "a má qualidade da merenda e até a falta dela também são motivo de reivindicação do sindicato", que se queixa ainda da retirada da grade do ensino municipal das aulas de Espanhol e Francês.
Jornal do Brasil
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